Os Pholiões do Marquês de Ziriguidum
Estão chegando Os Pholiões
Cento e cinqüenta anos de sucesso e tradição
Alô meu povo
Abram alas
Vamos brincar com muita paz no coração
Os Pholiões
São os maiorais
Tanto no samba
Quanto na graça
O Carnaval
Não é o mesmo
Enquanto ele não chega aqui na praça
Pra quê?
Para brincar com muita paz no coração (várias vezes)
Autor: Rivo da Batucada e comunidade
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
A INCRÍVEL E EXUBERANTE HISTÓRIA DOS PHOLIÕES DO MARQUÊS DE ZIRIGUIDUM
Fundado no século XIX, o Bloco Carnavalesco Os Pholiões comemora a passagem dos seus 150 anos em um desfile organizado por um grupo de vizinhos da praia de Grussaí, no município de São João da Barra (RJ). De acordo com o pesquisador Gileno Domingos Azeredo, este bloco é o mais antigo da região e um dos mais antigos do país ainda em atividade.
"Ainda temos muito o que pesquisar sobre as origens do bloco, mas o que sabemos é que a sua fundação no século XIX foi motivada por um nobre francês chamado François Marchant de Ziri Gui Doom, que ficou conhecido por pescadores e escravos da região pelo nome "Marquês de Ziriguidum", nome que quase virou sinônimo de Carnaval", explica o historiador, que não sabe dizer como um nobre francês foi parar em São João da Barra no século XIX.
A popularidade do marquês se deu em razão do seu empenho pela libertação de escravos na região. Na época de Carnaval, o marquês mobilizava a corte portuguesa, onde mantinha contatos firmados desde a Europa, a fazer doações para a festa dos negros, como ele dizia. Não vendo maiores problemas nas doações, muitos nobres participavam, acreditando estarem apenas contribuindo para acalmar os ânimos nas senzalas.
Na verdade, o Marquês, a cada ano, utilizava parte dos recursos para comprar a alforria de alguns negros, que se uniam ao bloco — chamado na época de "Os Pholiões do Marquês" — para contribuir para que, no ano seguinte, outros negros fossem libertos.
Com a libertação dos escravos em 1888 e com a Proclamação da República em 1889, por pouco a tradição não desapareceu. A história dos feitos do Marquês e do seu grupo de negros carnavalescos, no entanto, foi preservada de geração para geração. Todos os anos, pelo menos um pequeno grupo se reúne no sábado de Carnaval em memória do Marquês, na praia de Grussaí.
"Ainda temos muito o que pesquisar sobre as origens do bloco, mas o que sabemos é que a sua fundação no século XIX foi motivada por um nobre francês chamado François Marchant de Ziri Gui Doom, que ficou conhecido por pescadores e escravos da região pelo nome "Marquês de Ziriguidum", nome que quase virou sinônimo de Carnaval", explica o historiador, que não sabe dizer como um nobre francês foi parar em São João da Barra no século XIX.
A popularidade do marquês se deu em razão do seu empenho pela libertação de escravos na região. Na época de Carnaval, o marquês mobilizava a corte portuguesa, onde mantinha contatos firmados desde a Europa, a fazer doações para a festa dos negros, como ele dizia. Não vendo maiores problemas nas doações, muitos nobres participavam, acreditando estarem apenas contribuindo para acalmar os ânimos nas senzalas.
Na verdade, o Marquês, a cada ano, utilizava parte dos recursos para comprar a alforria de alguns negros, que se uniam ao bloco — chamado na época de "Os Pholiões do Marquês" — para contribuir para que, no ano seguinte, outros negros fossem libertos.
Com a libertação dos escravos em 1888 e com a Proclamação da República em 1889, por pouco a tradição não desapareceu. A história dos feitos do Marquês e do seu grupo de negros carnavalescos, no entanto, foi preservada de geração para geração. Todos os anos, pelo menos um pequeno grupo se reúne no sábado de Carnaval em memória do Marquês, na praia de Grussaí.
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